segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cemitério em BH agora é também ponto turístico

A história do Bonfim começou em 1897




16 de julho de 2012 - Em muitas cidades do mundo como Buenos Aires, na Argentina, e Paris, na França, os cemitérios são pontos turísticos visitados por milhares de pessoas. Belo Horizonte agora também tem uma visita guiada ao Cemitério do Bonfim, o primeiro da capital, com todas explicações sobre os túmulos mais famosos e as obras de arte.


Para alguns pode parecer mórbido, mas, na verdade, é uma grande aula de arte a céu aberto. História e cultura contados pelos quase 17 mil jazigos esculpidos em mármore, granito e bronze e que revelam obras de artistas do Brasil e do exterior. Pelas alamedas do cemitério, vê-se de monumentos neoclássicos a detalhes que levam ao Art noveau, ao Art decó e até ao modernismo.

A pesquisadora Marcelina de Almeida idealizou o projeto de visitas guiadas junto com a Fundação de Parques de Belo Horizonte. A ideia é que elas aconteçam, pelo menos, uma vez por mês, para que moradores e turistas possam conhecer de perto, e de graça, os belos jazigos e mausoléus, onde estão impressas marcas da diversidade religiosa de classes sociais e dos costumes mineiros.

A história do cemitério começou, em fevereiro de 1897, quando uma jovem belga, de apenas 19 anos, filha de um dos engenheiros construtores de Belo Horizonte, morreu e o local precisou ser inaugurado às pressas. Assim surgiu o espaço, batizado pela população de Cemitério de Nosso Senhor do Bonfim, aquele que preza pela boa morte.

O túmulo de Adéle tem uma das histórias mais impressionantes. No local, depois que o corpo da menina já estava enterrado, nasceu um cipreste, sem que ninguém o tivesse plantado. Outros destaques são os jazigos de governantes mineiros, como Otacílio Negrão de Lima, Raul Soares e Olegário Maciel, de religiosos como Irmã Benigna, e de artistas e intelectuais, como o escritor Achiles Vivaqua, o ilustrador Monsã e a família italiana Natáli, responsável pela construção da maioria dos túmulos do Bonfim; Obras que impressionam, emocionam e que, para a historiadora, merecem figurar entre os pontos turísticos da cidade, assim como o Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, parada obrigatória para quem vai conhecer a capital Argentina.

As visitas são gratuitas e podem ser agendadas pelo telefone 3277-9358, DDD 31, ou pelo email agendaparques@pbh.gov.br.

Para ver a reportagem completa acesse o link abaixo.

Fonte: Alterosa

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