A Justiça concedeu liberdade provisória ao
estudante, que foi considerado inimputável, para o acusado fazer o
tratamento psiquiátrico ambulatorial. A decisão vale até surgir uma vaga
em um manicômio judiciário
O crime aconteceu em dezembro do ano passado dentro do Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix, no Bairro de Lourdes, na Região
Centro-Sul de BH
O estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos, acusado de matar o
professor Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39 anos, dentro do Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix, no Bairro de Lourdes, na Região
Centro-Sul de Belo Horizonte, em dezembro de 2010, vai sair da prisão a
qualquer momento. O Juiz substituto da Vara de Execuções Criminais,
Ronaldo de Batista de Almeida, concedeu um alvará de soltura para o
acusado. Com isso, o estudante, que foi considerado um agente
inimputável, quando não é capaz de responder por seus atos, terá de
fazer o tratamento psicológico fora da cadeia.
Por falta de vaga
em um manicômio judiciário, o estudante estava preso em um presídio
comum da Grande BH. Na manhã desta terça-feira, o juiz deferiu o pedido
da defesa do acusado que solicitava um tratamento ambulatorial até que
seja encontrada vaga em uma instituição manicomial. Para ter garantido o
benefício, A.L. deverá cumprir algumas medidas estabelecidas pelo
magistrado.
O estudante terá de comprovar à Justiça, em 30 dias,
a realização de tratamento ambulatorial junto ao Centro de Referência
em Saúde Mental (CERSAM). Deverá informar ao juiz o andamento do
tratamento e a medicação utilizada, mediante relatórios e receituários
médicos. Deverá ainda comparecer ao Programa de Atenção Integral ao
Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental (PAI-TJ) sempre que
solicitado, não fazer uso de entorpecentes ou bebidas alcoólicas, e
recolher à sua moradia até às 21h. Além disso, qualquer mudança de
endereço deverá ser comunicado ao juízo.
ara decretar a soltura, o juiz Ronaldo de Batista se baseou em um laudo
feito para o PAI-TJ, comprovando que o acusado tem condições de fazer o
tratamento ambulatorial.
O advogado do estudante, Bruno Mansur
Baratz, comemorou a decisão do juiz. “Essa é uma vitória para a
sociedade. Ele (o estudante) tinha sido condenado a uma medida de
segurança e estava cumprindo pena. Ele não pode cumprir um regime de
pena sem ser aquela a que foi condenado”, afirma o defensor. Segundo
Baratz, o seu cliente vivia mudando de local para cumprir a medida.
“Antes ele cumpria pena em um hospital de custódia na Penitenciária José
Maria Alkmin. Mas, teve de ser transferido para uma unidade prisional,
pois estava sem vaga”, explica.
Para a família do professor, o
governo é responsável pela soltura do estudante."Bate aquele sentimento
de indignação terrível, porque o rapaz foi considerado inimputável. Se
ele não responde pelos seus atos, o Estado deveria arrumar um lugar no
manicômio. Para mim, dizer que ele vai se tratar em casa é impunidade",
afirma a irmã de Kássio, Sandra Angélica Castro. Gomes,
O
assassinato do professor ocorreu em 7 de dezembro de 2010. Pouco antes
das 19h, Amilton entrou na faculdade e acertou Kássio com uma facada no
peito. O estudante fugiu de moto depois do crime, mas acabou preso por
militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) quando
retornava para casa. Durante depoimento, na época das investigações, o
estudante contou que saiu de casa armado com uma faca para “dar um susto
no professor”.
O universitário foi condenado a três anos de
internação em julho do ano passado. A decisão do juiz Glauco Eduardo
Soares Fernandes veio depois que o laudo de sanidade mental do acusado
que ele é esquizofrênico.
Fonte: Em.com
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