O emprego e a remuneração na indústria recuaram em maio, de acordo com informações divulgadas hoje pela Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O total de ocupados registrou decréscimo
de 0,3% ante abril, na série livre de influências sazonais. Este é o
terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação,
acumulando nesse período perda de 1,1%.
Já o valor da folha de pagamento real
(descontada a inflação) dos trabalhadores da indústria ajustado
sazonalmente recuou 2,5% na comparação com abril - queda mais intensa
desde dezembro de 2010 (-3%) e a terceira taxa negativa consecutiva
nesse tipo de relação, acumulando nesse período perda de 3,5%.
Em relação a maio de 2011, o emprego
industrial mostrou queda de 1,7%, registrando o oitavo resultado
negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde
dezembro de 2009 (-2,4%).
No acumulado do ano, o índice recuou de
1,1% e intensificou o ritmo de queda frente ao primeiro quadrimestre do
ano (-0,9%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior.
No acumulado dos últimos 12 meses, também foi verificado decréscimo de
0,3%, dando sequência a trajetória descendente iniciada em fevereiro de
2011 (3,9%).
São Paulo
Com relação às regiões pesquisadas, o
emprego recuou 1,7% em maio de 2012, com o contingente de trabalhadores
apontando redução em 12 dos 14 locais pesquisados.
O principal impacto negativo foi
observado em São Paulo (-3,2%; Estado que detém um terço da produção
industrial no país), pressionado pelas taxas negativas registradas em 14
dos 18 setores investigados, com destaque para a redução no total do
pessoal ocupado nas indústrias de produtos de metal (-12,6%), metalurgia
básica (-20,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de
comunicações (-8,7%), têxtil (-8,5%), papel e gráfica (-6,8%), meios de
transporte (-3,6%), vestuário (-7,6%) e outros produtos da indústria de
transformação (-5,7%).
Outros resultados negativos ocorreram na
região Nordeste (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,3%), Santa Catarina
(-1,4%), Ceará (-3,2%) e Bahia (-3,4%).
Salário
Em maio, o número de horas pagas aos
trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais,
recuou 0,6% ante abril (terceira taxa negativa consecutiva, acumulando
nesse período perda de 2,6%).
Na comparação com maio do ano passado, o
número de horas pagas mostrou, queda de 2,8% -nona taxa negativa
consecutiva nesse tipo de confronto e a mais intensa desde novembro de
2009 (-3,1%).
No acumulado do ano o resultado também foi negativo (-1,7%), enquanto nos últimos 12 meses houve recuo de 1,1%.
Fonte: O Diario de Mogi
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